"Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.
Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.
Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.
Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia.
Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.
Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas.
Lembre-se de que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.
A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside."
Sam Levenson
(1911-1980)
Passagem do livro In One Era & Out the Other
Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Audrey Hepburn.
Artista: Claude Monet,
(1840-1926)
Título: No penhasco perto de Dieppe, pôr do sol
Músicas do dia 🎼
A descrição do primeiro vídeo de hoje no YouTube dispensa maiores apresentações :)
"Entre no charme tranquilo de outra era com esta coleção selecionada de músicas clássica e neoclássica, criada para acompanhar momentos de concentração profunda, leitura reflexiva ou devaneios tranquilos. Inspirada na elegância de Orgulho e Preconceito e no apelo atemporal das palavras de Jane Austen, esta playlist é uma ode moderna à fuga literária.
De graciosas composições para piano a suaves peças orquestrais, cada faixa estabelece um tom tranquilo e reflexivo — esteja você lendo sob uma árvore, anotando seu romance favorito ou simplesmente buscando uma atmosfera calma em um mundo barulhento.
Coloque a chaleira no fogo, abra seu livro e deixe a música levá-lo a um lugar onde o intelecto e a emoção se sentem em casa."
Lista de músicas:
00:00 8pm – Anna Landstrom
02:40 A Garden Romance – Martin Landstrom
05:20 A House Remembered – Martin Landstrom
08:00 Apart – Franz Gordon
10:40 Catching Up Her Story – Magnus Ludvigsson
13:20 Dreamy Waltz – Franz Gordon
16:00 How Long Is Until Tomorrow – Franz Gordon
18:40 If It Matters – Anna Landstrom
21:20 Image of You – Johannes Bornlöf
24:00 Ingaroo – Franz Gordon
26:40 Love Always – Megan Wofford
29:20 Moon Glow – Helmut Schenker
32:00 She Called Me Today – Franz Gordon
34:40 Smell of Morning Coffee – Franz Gordon
37:20 Stars in the Night – Megan Wofford
40:00 The Comforts of You – Gavin Luke
42:40 The Universe Between Us – Gavin Luke
Vídeo postado por: Charlie Relaxation
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Um ambiente aconchegante, com vista para a floresta e sons da chuva - ideal para estudar, trabalhar, meditar e adormecer - 3 horas: 🌳🧚✨
Vídeo postado por: Cosmic Resort
© All rights reserved
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Carta da Fada ✍
Meus queridos amigos,
Nesta semana, a vida me mostrou mais uma vez que, mesmo para quem é tão belo por fora, a beleza e a elegância que mais saltam aos olhos é a da alma. Nesta semana, caminhava ao lado de minha querida amiga, mãe, irmã e confidente. Conversávamos com tranquilidade em um lugar considerado seguro pelos próprios policiais (que me afirmaram isso havia algumas semanas) e eis que um rapaz de bicicleta subitamente reapareceu por detrás - havia passado antes por nós e parecia ter ido embora - e arrancou a correntinha de ouro de minha amiga, que havia pertencido a sua bisavó. Após o susto, instalou-se em mim o medo de que ela tivesse sido machucada, ao ter tido sua correntinha arrancada daquela maneira violenta por detrás. Quando vi que não, foi a vez da raiva se instalar (sentimento que não costumo ter com facilidade) pelo rapaz e, ao mesmo tempo, a sensação inquietante de impotência diante daquilo. Somos ensinados que reagir pode sempre trazer consequências piores para todos, sobretudo quando não sabemos se o malfeitor porta ou não consigo alguma arma, se está ou não sozinho de fato e, também, quando não sabemos lutar o suficiente para derrubar e imobilizar aquela pessoa e pegar de volta o que não lhe pertence. Tudo isso parece passar por nossa mente em uma fração de segundo... E no meio disso tudo, a despeito do pesar contido de ver seu bem de família partir desse modo, minha amiga disse com doçura: "Deixe ir. A correntinha cumpriu sua função de me proteger. Ela nos protegeu. O rapaz a pegou e não fez nada conosco." Os próprios detalhes de ser de ouro e de ter pertencido a sua bisavó, ela só mencionou em virtude de minha pergunta mais adiante. Entristeceu-me tê-la levado a um lugar que eu acreditei ser seguro e, afinal, como aparentemente é o caso de quase todos os lugares nesta cidade fora de condomínios fechados, não era. E ela ainda teve em si a nobreza de me apaziguar o coração nessa inquietude que em mim ficou. Sua elegância não tem medida e cá escrevo a respeito, para que sempre sirva de inspiração para todos nós, em um mundo onde há tantos que explodem por tão pouco ou quase nada.
Tendo passado mais de uma década distante, desenvolvi uma lembrança romântica do Brasil, na qual o que era bom ficou comigo e o que era ruim foi desaparecendo em minha mente. Agora, ao passar este período aqui, me surpreende e me entristece o clima de medo e alerta ao qual todos parecem estar acostumados. Lembrei-me de um texto lido recentemente por Carolina Loback em suas reflexões em vídeo, depois de ter sido assaltada em São Paulo. A crônica, escrita pela autora Marina Colasanti (1937), infelizmente continua tão atual - ou mais - nos dias de hoje quanto o era em 1972, quando foi publicada no Jornal do Brasil. Eis o texto na íntegra:
"Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma."
Eu acredito na mudança. Mas, na mudança que começa por dentro. Acredito no amor e na bondade que começa por si mesmo e se expande para todos à volta, em todas as direções. No amor que olha para a origem desses problemas e percebe, sem tapar o Sol com a peneira, a necessidade de enxergar os seres humanos como são: pessoas que nascem sem saber, que aprendem o que é ensinado e que, portanto, devem ter acesso a bons professores, a boas escolas, à educação de qualidade, a oportunidades de trabalho, moradia, cidade ordenada, espaços verdes e lazer que vai além de TV e futebol. Se os pais desses meninos são ausentes, ou não têm a educação de casa para passar adiante para seus filhos, eduquem-se também esses pais. Há de se criar programas de governo para isso! Não é uma mudança rápida, como apenas dar dinheiro (que ajuda, mas não os liberta desse ciclo de escassez e violência sem fim), mas é uma mudança que vem para ficar. Plantemos as árvores cujos frutos e as sombras não conheceremos, mas nossas crianças e as gerações futuras, sim! Consciência, projetos de lei, abaixo-assinados... Mobilizemo-nos por este propósito! A ideia de um só pode mudar o mundo. A História está repleta de exemplos assim!
Deixo-os agora, meus queridos amigos, desejando-lhes uma semana de proteção e serenidade. Que cada cantinho deste mundo seja iluminado pelo amor e pela paz de corações unidos nesta direção.
Um grande abraço. 🧚🍃
Com amor,
A Fada do Vento
💫
🌹
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Infelizmente essa é a regra no Brasil...insegurança...principalmente em São Paulo.
ResponderExcluirAnda cada dia mais difícil viver por aqui...
Muito bonito esse pensamento de sua amiga, massss....
Bem, melhor não me aprofundar nesse assunto.
Vou aproveitar e curtir essas lindas e saudosas músicas que me trazem tão lindas lembranças.
Desejo a todos uma linda semana de muita paz.🙏🏼🙏🏼🙏🏼
Como sempre Fadinha do Vento nos traz a possibilidade de sonhar e viajar no Tempo.....talvez para amenizar as "realidades" em que vivemos e habitamos!!!!!!
ResponderExcluirMas nada como nunca perder a Esperança naquilo que acredito que o Amanhã será sempre Melhor!!!!!👍👍👍💚💚💚
Abraço grande 🫂 Fadinha🧚
Óh, Fadinha!
ResponderExcluirLi sua cartinha linda e o seu convite à mudança interiorde cada um,pois, só assim, o mundo será bem melhor.
Creio que essa mudança acontecerá, porém, com a nova geração, que já se preparou para isso.
As gerações das décadas de 30 ( como eu), 40, 50, 60, 70, não acredito que sofram alterações... Só numa proxima reencarnação!...