✨ Edição Especial de Outono ✨

🍂🍎🍂

"Estação de névoas e de suave fartura,
Amiga íntima do sol amadurecente;
Conspirando com ele para encher e abençoar
De frutos as videiras que contornam os telhados de palha;
Para curvar com maçãs as árvores cobertas de musgo,
E encher todos os frutos com doçura até o caroço;
Inchar a cabaça e engrossar as avelãs
Com um núcleo doce; fazer brotar mais e mais
Flores tardias para as abelhas,
Até que elas pensem que os dias quentes nunca acabarão."

Passagem de "O Outono"
John Keats
(1795-1821)


"Duas folhas na sandália
O outono
Também quer andar"

Haicai de Paulo Leminski
(1944-1989)


Artista: Egon Schiele
(1890-1918)
 Título: Quatro Árvores


Músicas do dia 🎼

Pavane, Op. 50, de Gabriel Fauré.
Uma jornada musical embalada pelas cores e luzes das pinturas de Claude Monet:

Vídeo postado por: andrewgrummanJC
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&

Rituais de Mabon 🍂🍎 – Música celta com vocais etéreos – Música da tradição Wicca – 🌙 Sons mágicos e místicos:

Vídeo postado por: Haven For Witches
© All rights reserved


🍂🍁🍎🌻🍂


Antes de partir, 🧚
uma Cartinha
da Fada :) ✍


Meus queridos amigos,

A edição anterior celebrou a chegada da primavera no Hemisfério Sul. Como mencionado nela, na antiga espiritualidade celta, muitas celebrações eram marcadas por um ciclo conhecido como a Roda do Ano — um conjunto de oito festivais sazonais que honram os ritmos da natureza e os ciclos da vida. Esse calendário sagrado, hoje celebrado por diversos grupos neopagãos, contempla os quatro grandes eventos solares (solstícios e equinócios), além dos quatro festivais intermediários, que marcam os pontos médios entre esses momentos de transição.


Na última segunda-feira, 22 de setembro de 2025, iniciou-se o equinócio de outono no Hemisfério Norte. Esse período é especialmente visto como um tempo de reflexão, gratidão e equilíbrio. Marca o momento em que o dia e a noite têm duração igual, simbolizando o delicado limiar entre luz e sombra, ação e introspecção.

Neste ponto do ciclo, celebramos Mabon, o segundo festival da colheita, quando os frutos do trabalho do ano são recolhidos, e a terra começa a se preparar para o descanso do inverno. É um tempo para agradecer pelo que foi recebido, mas também para reconhecer o que precisa ser deixado para trás. Assim como as folhas caem das árvores, somos convidados a soltar o que já cumpriu seu papel em nossa jornada.

Mabon também nos convida ao recolhimento interior — à contemplação das escolhas feitas, dos aprendizados colhidos e dos ciclos que se fecham. É uma oportunidade de honrar tanto a abundância quanto a impermanência, reconhecendo que o equilíbrio verdadeiro exige desapego e escuta profunda.

O desapego não é uma lição fácil, e seguimos nos aprimorando nela ao longo da vida, sem jamais dominá-la por completo. Mas, se aprendermos um pouco a cada dia — com esperança e humildade — conseguimos caminhar com menos apego, cultivando um amor mais puro e genuíno. Um amor que não prende, mas permite partir. Um amor que compreende que deixar ir também é uma forma de cuidar. Porque o amor verdadeiro apaga distâncias e une até aqueles que estão do outro lado do mundo — ou da existência.

Convido você a fazer uma breve pausa — um instante de silêncio, reflexão e prece — para se deixar envolver pelas profundas lições desta estação e pela energia acolhedora de suas cores, conduzindo os pensamentos à sabedoria que o outono suavemente derrama sobre a alma.

Despeço-me em voo leve sob as árvores douradas e alaranjadas que tanto amo, deixando-lhes a doce companhia destes versinhos:

"As fadas do outono voam no ar
em suas folhas de bordo cor de ferrugem
indo para cá e indo para lá,
observando a colheita contar os feixes.
Em suas frágeis asas de fada
elas enfrentam as correntes do céu
não questionam o direito das coisas,
nem como a estação passa rapidamente.

Vivem sua alegria a voar alto
antes de terem que dizer adeus."

Mary Lou Healy
(1927-2021)

***

"Ilustrações da série 'Fadas das Flores' de Cicely Mary Barker

Presentes mágicos da natureza no outono.
Em ordem, surgem as fadas da bolota, da avelã, da castanha de faia e da castanha-doce. Bolotas e avelãs são frequentemente conservadas como amuletos da sorte. As castanhas de faia simbolizam proteção, enquanto as castanhas-doces, quando espalhadas pela casa, atraem abundância e fertilidade."

Fonte: Sisterhood connecting as one ("Irmandade conectando-se como uma")

***

A todos no hemisfério norte deste nosso planeta, desejo um outono lindo, fértil e cheio de encantos. 🍁🍎


Namastê. 🙏


Com amor,


A Fada do Vento
💫


🍂🧚🌾


Em despedida a este setembro que se vai, partilho estas fotografias — tiradas em um setembro longínquo, de dez anos atrás... direto do túnel do tempo... 🌻




























Fotografias: Flávia Barretto
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Comentários

  1. Querida Fafá
    Este seu trabalho é maravilhoso. Somos encaminhados a um mergulho mais profundo nos níveis da mente onde conseguimos nos libertar um pouco do cotidiano e exercer o melhor de nossos sentidos. Uma verdadeira viagem de prazer e cultura.
    Muito agradeço?

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  2. O coração da fadinha entregou-se por inteiro nessa edição. Lindo ver toda essa emoção revelada.

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  3. Linda a edição e essas fotos são magníficas....parabéns Fadinha!!!🥰🥰🥰

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